quinta-feira, 3 de maio de 2012

A pele que habito

Ontem, por recomendação do Max e da Con, assisti "A pele que habito", do Almodóvar. Não posso dizer que o filme não é bom e chocante, mas tive uma ligeira sensação "esperava mais" quando terminou.
Talvez por ter assistido logo após "A árvore da vida" e "O príncipe das marés" (filmes que me marcaram). Talvez porque durante o filme deduzi algo bizarro que aconteceria e isso resultou numa história semi-surpreendente. Talvez porque eu já tenha visto algo semelhante, e que me chocou ainda mais, num episódio de Mental - série americana no estilo Dr. House, só que na área da psiquiatria.

Ou talvez porque que estamos falando de Almodóvar. Provavelmente o estilo suspense o tenha engessado um pouco, dada a lógica que se espera normalmente neste tipo de filme. E é difícil desassociar Almodóvar do que estilo que estamos habituados a ver e que o consagrou. Imaginem Nelson Rodrigues escrevendo um livro de ação tipo Indiana Jones...
Mas eu faria uma pequena mudança no roteiro do filme. No final dois personagens conversam e depois chega uma terceira pessoa. Se estes dois personagens que inicialmente estão conversando ficassem juntos, aí sim ficaria Almodóvar completo. Concordam?

Almodóvar, ainda o prefiro ilógico e irracional, como nos outros filmes...

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Ficha técnica (fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-124897/):
- Lançamento: 4 de novembro de 2011 (1h 57min)
- Dirigido por: Pedro Almodóvar
- Com: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes mais
- Gênero: Suspense, Drama
- Nacionalidade: Espanha

Sinopse e detalhes (fonte:http://www.adorocinema.com/filmes/filme-124897/):
Roberto Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez). Ela possui problemas psicológicos causados pela morte da mãe, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente de carro e, ao ver sua imagem refletida na janela, se suicidou. O médico de Norma acredita que esteja na hora dela tentar a socialização com outras pessoas e, com isso, incentiva que Roberto a leve para sair. Pai e filha vão juntos a um casamento, onde ela conhece Vicente (Jan Cornet). Eles vão até o jardim da mansão, onde Vicente a estupra. A situação gera um grande trauma em Norma, que passa a acreditar que seu pai a violentou, já que foi ele quem a encontrou desacordada. A partir de então Roberto elabora um plano para se vingar do estuprador.

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